Me perdi.
Sai em busca do eu, olhei pra dentro de mim e lá estava.
Num canto escuro, sentada, abraçando os joelhos na esperança de que eles pudessem me abraçar também, os olhos perdidos avistando o nada logo adiante. O rosto molhado daquela água salgada fruto de uma dor dentro do peito.
Aproximei de mim, estendi a mão... eu não queria sair de lá! Meu eu sentia tanto medo, que não conseguia se quer desviar o olhar perdido.
Parecia estar esperando que um outro alguém a tirasse daquele canto, que a salvasse dessa solidão obscura que só ela enxergava...não percebia que, para tirá-la de dentro de mim, esse alguem só podia ser eu.
O encontro, por Ludmila J. de Andrade